São só dois dias

Hoje nascemos em um lugar qualquer
Talvez amanhã possas morrer onde quer
Mergulhado de versos e amores
Sentir a vida longa em sabores

Escrevendo o poema com a mão preta
A alma derretendo na caneta
Tirando fora tudo que lhe atormenta
Saindo para não mais voltar
Nesses problemas que desejou nos contar

O amanhã é uma bela incógnita
Você escreve versos livres de condenação
Com o sentimento que gera aflição
Sorrí pela manhã
Pois a noite usou toda tinta da caneta

E porque acabou a tinta?
Essa é a pergunta
Foram milhares de palavras afiadas
Como parágrafos que representam a pausA da alma

Folhas molhadas
Palavras da alma que nunca foram faladas
Hoje é o dia depois de ontem
A alma Durante a noite fez o que convém