Similton Fidelino Bambo. Quando nascí A poesia mostrou-me tudo que escreví
Eduardo Mondlane
É bom que o descanso eterno lhe acompanhe Te escrevo essa carta sentado em uma ponte Com o cérebro pesado em correntes De todo sofrimento que lhe observo Milhões de moçambicanos em desgosto Enqua (Ver mais ...)
Nada
Nada sei dizer Digam o que tiverem de dizer Quando o melhor for nada: Dizer ou falar Calar faz melhor que berrar Logo chegamos a conclusão Então melhor nada falar
😕
houve várias mudanças, Desde a alteração dos nossos bons costumes Desde a criação de novos filhos Desde a plantação de novos legumes Agora somos europeus de pele escura Vivemos dias vastos sem (Ver mais ...)
Mão preta
Não confundas a minha palma Essa é enrugada e escura Todos os dias passa pela lama Os ouvidos sem função ninguém os chama Quando tens tempo de escrever poesia? Para as coisas que mais gostamos (Ver mais ...)
São só dois dias
Hoje nascemos em um lugar qualquer Talvez amanhã possas morrer onde quer Mergulhado de versos e amores Sentir a vida longa em sabores Escrevendo o poema com a mão preta A alma derretendo na can (Ver mais ...)
Um pão e meio
Deve doer ter um pão E nunca ter uma mão a apoiar Negar as misérias da vida feito a humilhação Sentados em uma sala aberto Com o coração pesado a alerta Para que fazer poesia esfomeada? Este p (Ver mais ...)
Oficina da verdade
Verdades não são projetadas A realidade não pode ser alienada A cada sentimento de desgosto Se verdade for, deve arder onde quer for A verdade não é negociável Ela não tem lados Nunca dobra (Ver mais ...)
Servidor Eterno
Na mais risonha das trevas Este povo acabou de dispertar Soletrando nomes em túmulos De nada nos chega contar Sinto a minha alma no pesar Do cérebro que muito vive a pensar Como se fosse o cúm (Ver mais ...)